quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Aprendendo...



Pois é, retornei depois de uma longa ausência e peço que me perdoem por isso, mas alguns problemas que não estavam sendo contabilizados em minha vida resolveram dar o ar da graça, o que me desestabilizou  bastante. Não que seu seja uma pessoa muito estabilizada, confesso, mas atualmente devo admitir que ando muito desequilibrada "L I T E R A L M E N T E" falando, ou seja, “Ipsis Litteris” (para quem desconhece esta palavra aqui segue uma definição, afinal meu blog também é cultura: Ipsis litteris  é uma expressão de origem latina que significa "pelas mesmas letras", "literalmente" ou "nas mesmas palavras". Utiliza-se para indicar que um texto foi transcrito fielmente.)
Como diz aquele ditado: Nada é tão bom que não possa ficar pior!!! Sinceramente esse ditado vai um pouco contra minha filosofia de estar sempre muito bem e cada dia melhor, mas diante das circunstâncias, não vejo outro ditado que defina tão bem minha atual situação.
Em janeiro, como vocês sabem, fiz minha cirurgia que corrigiu aquele MPP (Mal Perfurante Plantar), que me infernizou durante quase 30 anos de minha doce existência e foi com uma alegria quase eufórica que me despedi do osso do meu quinto dedinho mindinho do pé esquerdo. Alguns dias de bengala para reaprender a andar com um osso a menos, e lá estava eu, feliz da vida, caminhando novamente com sapatos nos dois pés, coisa que eu não fazia há anos!
Porém, mais ou menos em Junho, comecei a sentir algumas vertigens que estavam me causando uma ligeira preocupação, até que um dia, em plena plataforma do metrô Tucuruvi, me vi paralisada e sem coragem de seguir em frente, pois tinha a impressão que eu me estatelaria no chão tamanho o desequilíbrio que senti.
Diante disso comecei uma via sacra para descobrir a causa deste desequilíbrio que começaram com algumas ressonâncias magnéticas, exames otoneurológicos e etc. Ainda estou nessa via crucis e, adivinhem? Estou andando de bengala que facilita meu caminhar desengonçado.  
Diante nisso fico pensando o que a vida quer comigo? Durante trinta anos eu não pude caminhar direito em virtude do machucado no pé e agora que ele foi definitivamente corrigido, me vejo novamente com dificuldade para caminhar por causa do desequilíbrio... Confesso que várias vezes me peguei chorando aos borbotões por achar uma grande injustiça de Deus ter que viver mais este Karma em minha vida e cheguei a rezar pedindo que Ele “me ERRE” de vez em quando, mas no fundo eu sei que alguma lição deve existir nisso tudo, só não descobri ainda QUAL É!
Tenho cá com meus botões, refletido a respeito e andei chegando a algumas conclusões. Acho que quando a gente está passando por esses estresses que a vida inevitavelmente nos força a passar, reagimos com pesar, desmotivação e, diria até com desespero (que foi um dos patamares no qual eu cheguei em algumas horas), e que uma das lições a serem aprendidas acima de qualquer outra, é a de NUNCA perder a esperança de dias melhores. Nesses momentos de altíssimo stress, encontrei pessoas maravilhosas que souberam entender minhas limitações, pessoas que me encorajaram a seguir em frente, outras que só se calaram e ouviram minha queixas, outras ainda que suportaram minhas lágrimas me oferecendo um abraço acolhedor que há muito tempo eu não tinha. Encontrei ainda, pessoas que facilitaram minha vida e muito, outras que aprenderam com meu sofrimento a serem mais tolerantes e, o que me fez repensar minhas atitudes definitivamente, foi o amor, o carinho, a companhia, a devoção e o afeto de meus pais e de meus filhos, companheiros de uma vida inteira. (momento lágrimas... claro que estou chorando!)
Não tenho palavras que possam definir meus sentimentos a essas pessoinhas tão especiais que deram muito de si para receber tão pouco de mim! Um “muito obrigado” apenas, não irá esvaziar todo o reconhecimento e amor que trago em meu peito pelas constantes compreensões que tiveram de ter comigo em momentos tão árduos. Não existem adjetivos que traduzam o que sinto em relação a essas quatro pessoas em especial pois foram elas que me seguraram para não cair, que me acompanharam para fazer exames, que toleraram minha insensatez, meu desânimo e minha tristeza. E é por essas pessoas que estou me tornando um ser humano melhor. Não importa que eu ande de bengala ou muletas pelo resto de minha vida, desde que essas pessoas estejam sempre ao meu lado... É por elas que eu vivo e é delas que eu vim... Quando eu voltar para minha outra casa, sei que estarei curada e é isso o que importa.
Mãe, eu amo você.
Pai, eu amo você.
Lu, eu amo você.
Ti, eu amo você.
E, como diria Forest Gam: Isso é tudo que tenho a dizer sobre esse assunto.
Um abraço!

2 comentários:

chica disse...

Miriam, a vida nos prepara surpresas... Verdadeiras bombas caem sobre nós. Mas não podemos nos entregar ,né?

Vai firme, forte, guerreira! Tudo há de terminar bem!

FELIZ NATAL pra ti e tua família que te ajuda tanto! beijos,chica

Élys disse...

A vida em determinados momentos nos traz problemas que não esperávamos.
Nesses momentos é difícil mas tudo um dia passa e você voltará a ser feliz.
Desejo a você as melhores energias de cura e estou vibrando muito para que possa o mais rápido se curar.

A você e a sua família desejo que tenha um Natal muito abençoadoe que 2012 tudo se transforme para melhor com muita saúde e paz.
Um grande abraço.