segunda-feira, 27 de abril de 2009

Esta é para a Tati!

Outro dia fiquei pensando muito na Tati. Há muito tempo atrás, ela comentou comigo sobre um desentendimento que havia tido com seu namorado no qual eu lhe havia dito que se fosse comigo (a famosa frase), eu já teria terminado tudo. Na verdade o que eu quis dizer é que hoje em dia, talvez pelas várias desilusões que sofri e por tudo que um dia acreditei e não acredito mais, faço questão de não me prender a ninguém e também não torno nenhum homem indispensável para a minha vida.
Lembro que no dia em que ela desabafou comigo, a ouvi dizer que ela queria ser igual a mim e não deixar que as coisas a magoassem da forma como a magoavam. No momento confesso que até que me orgulhei disso, mas depois de um tempo fiquei refletindo sobre suas palavras e me questionando profundamente sobre se isso realmente seria bom. Já faz uns dois ou quase três anos que ela comentou isso comigo e desde então fico pensando a respeito. Tive, como todos nós temos, vários percalços na minha vida. Não me casei cedo, pelo contrário, tinha 25 anos quando subi no altar e, sinceramente? Foi um dos dias mais magníficos da minha vida! Nunca me arrependi de ter-me casado e jamais me arrependerei. Só acho que faltou um pouco mais de maturidade tanto minha quanto de meu ex. Ambos queríamos independência e acabamos por colocar os carros na frente dos bois antecipando uma condição que poderia ter sido protelada mais para adiante. No entanto, apesar de meus 25 anos e dos 24 anos dele, estávamos ambos subjugados a alguém: eu a meus pais e ele ao irmão caçula. Queríamos nos libertar e nos libertamos, mas nos acorrentamos um ao outro, ou seja, só mudamos as algemas de lugar ao invés de nos livrarmos delas. Hum ano e cinco meses depois nasceu nosso primeiro filho e três anos depois, nascia nosso segundo filho. Nesse meio tempo, surgiu um filho que não conseguiu nascer. No total seriam três fofuchos para alegrarem nossa vida, mas Deus sabe o que faz, não é? Enfim, esse casamento foi a deriva 9 anos depois por culpa de ambos, é claro!
A separação foi desastrosa e deixou cicatrizes profundas em ambos, mas, como eu disse, cicatrizes, portanto não sangram mais, para o meu bem como também para o bem de meu ex-marido. Por um desequilíbrio emocional acredito, fruto dessa separação desastrosa, me envolvi com outra pessoa. Foi um relacionamento de 1 ano que me aniquilou completamente, mas ao mesmo tempo, me fortaleceu de forma surpreendente!
Desde então, nunca mais me permiti ser envolvida por alguém a ponto de me sentir abalada com algo. Mas até que ponto, isso será saudável para mim? Ao mesmo tempo que não consigo visualizar-me vivendo com alguém, me assusta a solidão da velhice que virá certamente. Percebo com um certo pânico, a minha facilidade em descartar um namorado sem prévio aviso e sem nenhum remorso a ferir minha alma pelo rompimento repentino. Nesse momento, chego a uma conclusão assustadora. A de que eu nunca fui capaz de amar alguém de verdade. Já me apaixonei sim, perdidamente! A ponto de esquecer de mim mesma e vangloriar o outro como se fosse um deus vivo! Mas, como toda paixão, acabou do dia para a noite sem deixar vestígios. Dói, com certeza, dentro de mim, essa frieza que exala de meu coração ao encarar uma relação amorosa. Dói essa ausência de calor que todo amor nos honra com sua formosura e delicadeza. Coisa que nunca senti. Às vezes eu penso mesmo que sou imune ao amor e a qualquer relacionamento amoroso dedicando-me incondicionalmente aos meus amigos que me são tão caros, tão verdadeiros e tão pouco ameaçadores. Mas tenho que admitir que toda essa cautela que ergui em torno de meu coração, nunca me fará encontrar minha outra metade da laranja, ou, se já a encontrei, a deixei ir embora sem perceber a sua importância em minha vida. Sabe Tati, não queira ser como eu. Emocione-se profundamente com ele! Chore profundamente por ele e lute fervorosamente por esse amor. Lá na frente, com certeza, vocês estarão juntos para sempre. Poderão compartilhar um momento de suas vidas que todos nós um dia viveremos e nessa hora a presença dele será um bálsamo para seus momentos difíceis.
Portanto amada amiga, apaixone-se! Case-se! Suba ao altar sentindo-se uma rainha. Faça de sua vida uma vida espetacular. Liberte seu coração. Deixe-o livre para voar sem limites e sem medos. Não detenha sua felicidade... ela é sua! E é única!
Quanto a mim? Estarei sempre alojada na minha solidão que, infelizmente, é, no momento, meu único porto seguro. Não vale a pena ser como eu, pois tudo o que vou levar para minha vida futura, será a companhia de minhas recordações. Nada mais!
Até lá, quem sabe eu é que aprenda a ser como você, Tatinha querida...

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Pobre gatinha!

Desde que me conheço por gente, sempre convivi com gatinhos. De pequena sempre tinha gatos em minha casa e até hoje trago essa necessidade de ter um bichinho convivendo comigo e com minha família. Certa vez, isso lá pelos idos de 1997, fui com minha irmã comprar ração para o gato dela e me encantei com um filhote de siamês fêmea que estava em uma jaulinha forrada com jornal. Ela me olhou de uma maneira que derreteu meu coração soltando pequenos miadinhos como se dissesse: "Me leva! Me leva!". Perguntei o valor da gatinha que na época era R$ 50,00. Estava sem minha carteira então voltei com minha irmã para casa voando, entrei, peguei a carteira e voltei voando de novo para a loja comprando minha fofucha e mais os apretechos necessários para dar uma boa vida à nova moradora de casa. Lembro que entrei em casa escondendo a gatinha pois ainda estava casada e achava que meu marido não pudesse gostar da idéia, mas não tive problemas em relação à isso mesmo porque ele acabou se apaixonando pela bichana! Agora, o pior! Queria dar-lhe um nome de guerreira! De heroína! Algo que marcasse, que fosse forte assim como Isis, ou She-Ha, ou Safira enfim, na época, passava um seriado chamado Shena, pensei em dar-lhe esse nome, mas meus filhos foram contra pois acharam que ficaria muito "na cara" (não entendi isso até hoje). Foi quando tive a brilhante idéia de trocar o "e" de Shena por "a" ficando "Shana". O que eu não sabia era que esse nome também era usado para se referir de forma figurada à periquita, perseguida, perereca e,..... bem...... vocês sabem o quê não é? Pois bem, só fui descobrir isso depois da gatinha já estar atendendo pelo seu novo nome o que me impediu de trocá-lo. Para disfarçar eu falava que seu nome era Shaninha, mas isso nunca evitou os risinhos maliciosos dos que a ouviam.
Quando ela estava entrando no sexto mês, começou a apresentar um comportamento estranho o que me preocupou muito! Ela abaixava-se no chão, levantava a bundinha e ficava soltando miados grossos como se estivesse sentindo dores. Não tive dúvidas! Imediatamente procurei o telefone de um veterinário próximo e liguei na esperança de libertar minha gatinha do sofrimento. Quem me atendeu foi a própria veterinária e nosso diálogo foi mais ou menos assim:
- Boa tarde! Por favor, eu poderia falar com o veterinário da clínica?
- Sou eu mesma.
- Ah Doutora! que bom! Meu nome é Miriam e eu tenho uma gatinha siamesa que está com um sério problema na coluna.
- Na coluna? Qual a idade dela?
- Ela está mais ou menos com seis meses, mas chora muito e acho que é de dor.
- E como você sabe que é na coluna?
- Porque ela abaixa o corpinho todo no chão, curva o rabinho para o lado e levanta a bundinha, acho que é para aliviar a dor.
-...... (silêncio)............ (pequenos risinhos ao fundo)................... - Como é seu nome mesmo?
- Miriam
- Dona Miriam, sua gata está no cio!
- Cio???
- Sim. Nessa idade elas começam a entrar no cio e miam para chamar os machos afim de acasalarem... (ela só não arrematou com um sonoro: VIU SUA IDIOTA?, porque sua educação não permitia. )
- Ãaa. E quanto tempo ela vai ficar assim? (Nesse momento já lancei um olhar furioso para minha gatinha)
- Cada gata é diferente, mas a média é de 10 dias de cio.
-DEZ DIAS? Doutora, eu não vou aguentar essa gata miando e querendo transar com o primeiro macho que aparecer o tempo todo! (agora eu já queria matar a gata piranha e promíscua que eu adotei tão docemente)
- Se a senhora quiser, traga-a aqui que poderemos estimular sua ovulação fazendo com que ela saia do cio.
- Ah que ótimo! Vou hoje mesmo!
Marquei o horário, peguei minha gatinha "prostivacagaliranha" e me encaminhei à veterinária acreditando que lhe seria administrado uma vacina, injeção ou algum medicamento oral para cessar a impulsividade sexual da Shana. Como era difícil a Shaninha andar de carro, ela obviamente estranhou muito e começou a uivar literalmente durante todo o caminho fazendo com que eu acelerasse para chegar mais rápido ao destino. Lá chegando logo fui atendida pela própria veterinária com quem havia conversado à pouco. Ela olhou-me de cima a baixo provavelmente lembrando que eu era aquela IDIOTA QUE NÃO SABIA O QUE ERA "CIO" e pediu que eu aguardasse na ante sala pois estava terminando uma consulta. Aguardei entretida com os vários gatinhos que estavam a solta no consultório, segurando a minha gatinha com medo de que ela se oferecesse a qualquer um daqueles que ali se encontravam uma vez que sua 'sem vergonhice" estava a pleno vapor!
Logo a doutora chamou e entrei com ela e a Shana na sala de consulta.
Havia uma mesa bem cumprida onde coloquei minha gatinha. A doutora se aproximou e perguntou o nome dela. Nesse momento eu realmente me arrependi do nome que havia dado à gata, pois depois do mico de não saber do cio, falar o glorioso nome que dei para a gata seria muito humilhante, mas juntei as forças e arrematei:
- SHANA!
A Doutora até que foi simpática dizendo ser um nome bem diferente e perguntou se ela, a SHANA, era brava. Respondi que não, que ela era muito doce e meiga!
Dizendo isso a doutora pegou um cotonete de uns 2 palmos e meio de cumprimento. a Shana assoprou furiosa (provavelmente ela já imaginava o que estava por vir). Quando eu vi o cotonete estuprador, logo falei para a doutora:
- Ela não é brava, mas acho que vai ficar!
Colocaram uma fucinheira na gatinha que já estava com as garras afiadíssimas, rosnando para todos e aumentando seu tamanho em duas vezes!
Quando introduziram o maldito cotonete, a gata parecia ter virado um gato persa de tão peluda que ficou! Ela arrepiou todos seus pelinhos! Parecia um ouriço do mar! Era uma bola de pêlos brava e briguenta... Pensei comigo, bem feito! Quem manda querer dar pra todo mundo hein?
Logo depois senti pena e me coloquei no lugar da coitadinha... Eu provavelmente não gostaria nem um pouco que me enfiassem um cotonete adentro só para cortar meu tesão, concordam?
Pedi para terminarem logo com aquilo e a médica obedeceu retirando o cotonete gigantesco da pobre gatinha. Eu estava do outro lado da mesa e a Shana começou e andar vagarosamente na minha direção. Por um segundo imaginei que ela queria pular em meu pescoço e arrancar a minha jugular com seus dentes de tão brava que ela estava. Eu a compreendi perfeitamente e pedi em oração que ela entendesse que eu também não sabia o que era "Estimular Ovulação".
Terminado o procedimento de estupro da minha bichana, a médica me falou que ainda teria que estimular durante mais uns dois ou três dias para que ela saísse totalmente do cio.
Para ser sincera, naquela altura do campeonato, eu queria mais era que o cio da gata fosse para a puta que o pariu! Se para estimular a ovulação eu e a bichana teríamos que passar por tudo aquilo novamente, ela que ficasse no cio afinal tesão nunca matou ninguem.... eu acho!Obviamente que eu não retornei nunca mais àquela veterinária estrupadora de gatinhas inocentes e minha Shana agradeceu comovida! Poranto leitores assíduos do meu blog aí vai uma dica: NUNCA ESTIMULEM OVULAÇÃO DE NENHUMA FÊMEA POIS É AÍ QUE ELA VIRA MACHO OK????....rsrsrs
Fui!

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Benção ao meu ser!

Eu, Ser Humano Perfeita! Dotada de dons maravilhosos e cheia de energia positiva. Tudo que desejo realizo. Tudo que almejo, alcanço. Tudo que quero, possuo. Tudo que eu tento, eu consigo. Nada é difícil ou impossível. Tudo é fácil, possível e determinado. Todo meu potencial está dirigido para minha evolução material e espiritual. Mereço tudo que é bom, perfeito e belo! Sou destemida, ousada e criativa. Uso minha criatividade para o bem e isso se transforma em energia positiva retornando para meu ser tudo que irradia de minha aura. Sou protegida contra tudo que me faz mal. Carrego em torno de mim uma luz dourada que impede a presença de qualquer negatividade, tornando-me a cada dia mais forte, saudável e feliz. Desejo a todos os seres vivos existentes no universo, amor, paz e prosperidade e isto retorna para meu espírito em dobro porque esta é a Minha Lei! Amo-me muito, pois sou inteligente, capaz, amável, bela, generosa e admirável. Sei que este amor por mim aumenta a cada dia fazendo-me amar também a todos que se aproximam de mim conseguindo progredir de forma rápida. Parabenizo o universo por eu fazer parte dele, pois sou uma de suas maravilhas! Sem a minha presença o universo não estaria completo. Minha força magnética atrai tudo que é bom, pessoas, convívio, compreensão, perdão, amor, paz, tranquilidade, saúde e prosperidade. Onde eu entro Brilho! Tenho a força do Sol e a da Lua! Minha aura resplandece luz em todos os sentidos e invade todos os seres acalmando e gerando amor! Meu Pai Celestial me criou e sou a Sua maior maravilha. A experiência de viver é admirável! Acredito na capacidade de viver plenamente sem apego, sem cobrança, sem mágoa e com total doação de energia positiva, pois o universo me reabastece a cada segundo tornando-me uma fonte capacitadora do bem. Ensino, aprendo, compreendo, repasso, evoluo e todos que estão a minha volta caminham comigo se desenvolvendo da mesma forma, pois somos companheiros de aventuras. O dia de hoje é sempre perfeito! Não tenho passado. Vivo somente o presente e trago em minha esteira magnética a compreensão de cada passo. Cada caminho é feito com decisão, pois estou protegida pela minha mente que, aliada ao meu espírito, são meus instrumentos do bem. Acredito em minha existência perfeita, completa e cheia de luminosidade. Entrego a minha felicidade nas mãos de meu Criador. O Abençôo! Foi Ele quem me criou! Sabia o que estava fazendo, portanto, trago em meu ser A Sua Perfeição!
Obs.: Escrevi este texto dias antes de me separar lá pelos idos de 98. Isto nos mostra que até a tristeza, se bem utilizada, pode resultar em belos frutos!